Para pensar!
Quando derramar comida sobre minha camisa e esquecer como amarrar meus sapatos, tem paciência comigo e lembra-te das horas que passei ensinando-te a fazer as mesmas coisas.
Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e escuta-me. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma história até que fechasses os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e sem querer fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha. Compreende que não tenho culpa disso, pois já não as posso controlar. Pensa, quantas vezes, pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho, sê paciente comigo. Lembra-te dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava para te convencer a tomar banho.
Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico.
Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes. Isso é resultado do meu esforço da minha perseverança.
Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tem paciência e ajuda-me a lembrar. Talvez a única coisa importante para mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim, me dando atenção, e não o que falávamos.
Se alguma vez eu não quiser comer, saibas insistir com carinho. Assim como fiz contigo.
Compreende também que com o tempo não terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir.
E quando minhas pernas falharem por estarem tão cansadas, e eu já não conseguir mais me equilibrar...
Com ternura, dá-me tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando tu começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo.
Compreendas que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomar-te em meus braços, como antes.
Sempre quis o melhor para ti e sempre me esforcei para que teu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido.
E até quando me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.
Não te sintas triste ou impotente por me ver assim. Não me olhes com cara de dó. Dá-me apenas o teu coração, compreende-me e apoia-me como o fiz quando começastes a viver. Isso me dará forças e muita coragem.
Da mesma maneira que te acompanhei no início da tua jornada, te peço que me acompanhes para terminar a minha. Trata-me com amor e paciência, e eu te devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por ti.
Se quando conversares comigo, eu repetir as mesmas histórias, que sabes de sobra como terminam, não me interrompas e escuta-me. Quando eras pequeno, para que dormisses, tive que te contar milhares de vezes a mesma história até que fechasses os olhinhos.
Quando estivermos reunidos e sem querer fizer minhas necessidades, não fiques com vergonha. Compreende que não tenho culpa disso, pois já não as posso controlar. Pensa, quantas vezes, pacientemente, troquei tuas roupas para que estivesses sempre limpinho e cheiroso.
Não me reproves se eu não quiser tomar banho, sê paciente comigo. Lembra-te dos momentos que te persegui e os mil pretextos que inventava para te convencer a tomar banho.
Quando me vires inútil e ignorante na frente de novas tecnologias que já não poderei entender, te suplico que me dê todo o tempo que seja necessário, e que não me machuques com um sorriso sarcástico.
Lembra-te que fui eu quem te ensinou tantas coisas. Comer, vestir e como enfrentar a vida tão bem como hoje o fazes. Isso é resultado do meu esforço da minha perseverança.
Se em algum momento, quando conversarmos, eu me esquecer do que estávamos falando, tem paciência e ajuda-me a lembrar. Talvez a única coisa importante para mim naquele momento seja o fato de ver você perto de mim, me dando atenção, e não o que falávamos.
Se alguma vez eu não quiser comer, saibas insistir com carinho. Assim como fiz contigo.
Compreende também que com o tempo não terei dentes fortes, e nem agilidade para engolir.
E quando minhas pernas falharem por estarem tão cansadas, e eu já não conseguir mais me equilibrar...
Com ternura, dá-me tua mão para me apoiar, como eu o fiz quando tu começastes a caminhar com tuas perninhas tão frágeis.
E se algum dia me ouvires dizer que não quero mais viver, não te aborreças comigo. Algum dia entenderás que isto não tem a ver com teu carinho ou com o quanto te amo.
Compreendas que é difícil ver a vida abandonando aos poucos o meu corpo, e que é duro admitir que já não tenho mais o vigor para correr ao teu lado, ou para tomar-te em meus braços, como antes.
Sempre quis o melhor para ti e sempre me esforcei para que teu mundo fosse mais confortável, mais belo, mais florido.
E até quando me for, construirei para ti outra rota em outro tempo, mas estarei sempre contigo e zelando por ti.
Não te sintas triste ou impotente por me ver assim. Não me olhes com cara de dó. Dá-me apenas o teu coração, compreende-me e apoia-me como o fiz quando começastes a viver. Isso me dará forças e muita coragem.
Da mesma maneira que te acompanhei no início da tua jornada, te peço que me acompanhes para terminar a minha. Trata-me com amor e paciência, e eu te devolverei sorrisos e gratidão, com o imenso amor que sempre tive por ti.
Lindo!
17 Comentários:
:)
excelente! :')
eu ja conhecia este texto por acaso o pai do meu marido mandou-o a ele. para mim os meus pais sao das pessoas mais importantes para mim e eu nunca vou abandona-los e vou estar sempre por perto.
beijinhos
Muito bonito mesmo! Eu já conhecia e todos deviam conhecer!
Beijinhos grandes :))
É lindo mesmo... mas já tenho a inscrição no lar em processo... para mim, está claro!
Uma beijoca
Super emocionante, a minha mãe está perante todos esses sentimentos com os meus avós, custa tanto ver as pessoas que tão bem conhecemos mudarem por causa da idade.
Ainda hoje ouvi uma noticia no telejornal que falava no abandono dos velhotes nos hospitais.
Se soubessem o que é não ter mãe ou pai concerteza davam mais valor.
Jinhos
Rita
Ainda hoje ouvi uma noticia no telejornal que falava no abandono dos velhotes nos hospitais.
Se soubessem o que é não ter mãe ou pai concerteza davam mais valor.
Jinhos
Rita
Muito bonito!
Ainda não imagino os meus pais assim, mas concerteza que nunca os abandonarei.
Beijinhos,
Fantástico... :')
Vieram-me as lágrimas aos olhos...
Uma verdade tão nua e crua e mtas vezes é esquecida.
Apetece fazer cópias disto e entregar a aos filhos desnaturados que não dão valor a quem os criou.
:(
Vou guardar estas palavras para daqui a uns anos (espero muitos)!!! Bjs
Marta
Tão giro.
Joquinhas
Espero não esquecer este texto daqui a uns anos.
Lindooooo
Beijos
Lindo, mesmo!
Adorei a adaptação do soneto da minha poetiz favorita ali em cima no head do teu blog!
beijocas
LINDO MESMO!
BEIJOKAS
CATARINA E JOÃO
Este texto deveria estar em todos os Hospitais, em que os filhos têm a "lata" de deixar os pais abandonados (esta triste realidade pôe-me doente :-(
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